“A despedida do velho e o raiar do novo”, um artigo de Dulci Alma Hohgraefe

A despedida de algo ou alguém sempre é um momento difícil, pois como  ainda estamos apegados ao ter e à posse, sempre denota uma perda e ninguém quer perder nada; pelo contrário, busca sempre novas aquisições para aumentar seu poder e patrimônio, pois isso lhe traz uma certa segurança.

O tempo e a vida são constituídos de ciclos que se sucedem e constroem a nossa trajetória, resultado das nossas escolhas e decisões diante dos fatos e situações, pela dádiva do livre-arbítrio.

Sendo repercussão das nossas opções diante do contexto que se apresenta, somos os únicos responsáveis pelas consequências que desencadeiam, traçando rumos previsíveis, mas que nem sempre conseguimos acolher com tranquilidade.

Estamos novamente diante de uma virada de ano, que para muitos é momento de ansiedade e inquietude, pois convida à reflexão, com avaliação do período que se encerra, gerando cobranças e muitas vezes frustrações pelo que não conseguimos realizar.

Ao mesmo tempo em que procuramos acomodar esses sentimentos de encerramento surgem os de abertura de um novo período, ainda intacto para ser programado e construído, possibilitando retomadas e inovações, a partir dos propósitos elencados.

Todo esse cenário mexe com as estruturas mentais e psicológicas, pois tudo inicia no pensamento, alicerçando a trajetória a ser trilhada, baseada nos valores e princípios que elegemos para a sua formação.

Um valor essencial para essa época é a esperança, uma vez que sem ela dificilmente encontraremos forças para seguir em frente, pois ela nos traz o ânimo e o impulso para sustentar nossos passos firmes e decisivos rumo à realização plena.

Precisamos ancorar nossos desejos em porto seguro, acreditando no melhor, pois só assim teremos condições de enfrentar e superar os obstáculos que certamente se apresentarão, proporcionando superação e avanços.

Toda época tem seus desafios e oportunidades, e sabemos que o desfecho depende das nossas atitudes e posicionamentos, os quais definem os rumos da nossa existência terrena.

Assim como a esperança é fundamental para qualquer investida, também precisamos confiar, primeiramente em nossos potenciais e habilidades, mas também acreditar que não estamos sozinhos e nem abandonados, mas acolhidos e amparados por uma Inteligência Suprema, justa e amorosa, que nos abraça e protege em seu manto de luz, sustentando-nos na caminhada!

                                                                                       Dulci Alma Hohgraefe

                                                                                       Educadora e escritora