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Sentido: propósito frente à pluralidade das existências, um artigo de Júlio Frederico Voese

Sentido: propósito frente à pluralidade das existências

Na grande maioria das vezes precisamos de várias passagens pela Terra para entendermos o significado e a importância daquilo que fazemos, pensamos e estabelecemos a cada uma destas passagens
Por Júlio Frederico Voese, escritor

O que entender da vida se não como sendo uma das tantas passagens necessárias ao aprimoramento espiritual? Viemos tantas e quantas vezes forem necessárias para buscar novos graus evolutivos. Nos encontramos com aqueles com os quais temos necessidades mútuas de convivência, resgates, amores, desamores e perdão por deslizes cometidos em várias outras passagens e que, pelo incondicional amor e justiça divinos, nos possibilitam estes reencontros curativos.
Qual seria o sentido de estar aqui, se não este? Certeza absoluta destes questionamentos pessoais na busca de si, seu propósito, sua razão e ânsia do entendimento da sua existência.
Às vezes entendemos cedo, todavia, na grande maioria das vezes precisamos de várias passagens por este orbe a fim de entendermos o significado e a importância daquilo que fazemos, pensamos e estabelecemos a cada uma destas passagens.

Viemos tantas e quantas vezes forem necessárias para buscar novos graus evolutivos. FOTO: freepik.com

O propósito, grande e misteriosa dúvida presente no âmago de cada ser, escondida pelo véu do esquecimento pré-reencarnatório. É uma bênção por nos ocultar as falhas e possíveis atrocidades passadas, nos possibilitando a vivência desta nova experiência na carne sem o peso da culpa calada na consciência e no coração, intrínseca nas disposições que vão se desvendando na linha temporal reencarnatória de cada ser. No tempo certo e devido tudo se desnuda de acordo com o grau do despertar de cada um.
Um dia todos nós, sem exceção, retornaremos à pátria espiritual. É a Lei, assim como o codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, um dia proferiu: “Nascer, morrer, renascer e ainda progredir sempre; tal é a Lei!” Uma lei natural de um ciclo evolutivo estabelecido na vivência do Evangelho de Cristo. Ora encarnado, ora na pátria espiritual; ora planejando, ora vivenciando o planejado, mas fazendo cada uma destas passagens como porto onde as cargas trazidas pelo perispírito são desalojadas na expectativa da vivência das necessidades reencarnatórias evolutivas, colhendo o resultado da nossa benevolência ou covardia frente aos desígnios do Pai Maior.
Entender este sagrado mecanismo é apenas o princípio da revelação que o Divino Mestre veio nos trazer. Não há morte, apenas uma mudança de estado. Cristo nos mostrou a bondade de Deus, entretanto, nem todos entenderam a sua mensagem de verdade e amor. A verdadeira criação de Deus é o espírito! A vida na Terra é apenas uma das tantas viagens que temos na busca da perfeição e da pureza espiritual. Assim é e sempre será!
Que Deus nos abençoe!

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