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“Diante da Transitoriedade”, um artigo de Dulci Alma Hohgraefe

A transitoriedade é um conceito que se refere à natureza efêmera e passageira das coisas, dando a ideia de que tudo está sujeito a mudanças e transformações constantes, sem permanecer estático ou imutável. A transitoriedade apresenta-se em diversos aspectos da vida, desde as experiências pessoais até os fenômenos naturais e sociais.

Estamos aqui de passagem, o que configura a transitoriedade do organismo biológico, mas sabemos que o espírito é imortal, alternando seu estado vibratório e energético, construindo sua trajetória evolutiva a partir de suas decisões e escolhas.

A todo instante recebemos informações de novas descobertas e/ou avanços tecnológicos, deixando obsoletos verdadeiros ícones da ciência, o que denota a velocidade das transformações e a necessidade da adaptação e flexibilidade para evitar desgastes e sofrimentos desnecessários.

Diante deste contexto dinâmico e célere, cabe-nos atenção plena no presente, ou seja, no aqui e agora, pois não sabemos o que nos aguarda na próxima esquina, o que nos exigirá em esforço e coragem para deixar ir o que já cumpriu sua missão e acolher a nova ordem.

Vivemos com mais incertezas que certezas, mas há valores que são perenes e que sustentam o funcionamento do todo, possibilitando a vida e a convivência saudável entre todos os organismos vivos e inanimados do universo, que estão inscritos na consciência de cada ser e compõem as leis naturais.

Compreender as leis naturais e saber diferenciá-las das humanas conota sabedoria e discernimento, proporcionando maior assertividade nas decisões e escolhas, pois a sementeira é livre, mas a colheita obrigatória.

Todas as noites ao dormir fazemos um exercício de desapego, pois enquanto o corpo descansa, a alma segue nas mais diversas atividades: ora sendo socorrida; ou se esclarecendo e estudando; visitando ambientes ou espíritos amigos, como também pode até se dispor ao trabalho do bem, naquilo que já tenha condições.

Felizmente, parte da humanidade já consegue entender essa dinâmica, o que denota avanços e, mesmo aqueles que não acreditam em nada que se refere à vida após a morte física, passarão pelas mesmas experiências, logicamente com muita dificuldade para entender e aceitar a realidade.

Importante ressaltar a relevância do respeito ao nível de entendimento de cada ser, visto que ele é o resultado de suas escolhas até aqui; isto é, está em sua melhor versão, cabendo-nos estender a mão e oferecer o ombro amigo para que ele siga em frente e conquiste novos patamares de consciência.

Estar aberto e atento às mudanças é essencial para uma trajetória exitosa, o que não exclui momentos tensos ou desafiadores, exigindo paciência e resiliência para sua superação, mas que nunca estarão além do que as nossas forças e condições podem suportar.

Poderíamos fazer uma analogia da transitoriedade com o trânsito, que também é movimento, e este representa os ciclos que se sucedem e formam a espiral da vida, simultaneamente acolhendo a efemeridade e a eternidade como duas faces da mesma realidade, que se entrelaçam e avançam para patamares superiores e sutis em perfeita sincronia.

                                                                                       Dulci Alma Hohgraefe

                                                                                       Educadora e escritora

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