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Os universos de Marcus

Os universos de Marcus

Autor de “O espelho das possibilidades” fala sobre o tema Universos Paralelos como inspiração para a obra, a aceitação do livro junto ao público e as expectativas para o lançamento na Feira do Livro de Caxias do Sul (RS)


Há assuntos que são verdadeiros mistérios para a raça humana. Por mais que as tecnologias avancem, há indagações que insistem em permanecer no insconsciente coletivo. A noção exata de quem e o que somos, qual a nossa finalidade no mundo e o que realmente é realidade, por exemplo, nos intrigam há séculos. Dentro destas temáticas, a possibilidade de universos paralelos mexe com a imaginação e tem motivado estudos de diversos cientistas ao redor do mundo. Embora os milhares de relatos de pessoas que afirmam ter visitado estes universos e da alta probabilidade da sua existência, eles continuam sendo misteriosos e fascinando as pessoas.

Em sua estreia no mercado literário com o lançamento de “O espelho das possibilidades” (Editora Vírtua, 328 pg, R$ 40), o autor Marcus Serafim baseou-se em sua história de vida para abordar de que forma as viagens entre diferentes dimensões da realidade poderiam influenciar sua visão de mundo. Em entrevista ao jornalista Rafael Augusto Machado, proprietário da Editora Vírtua, ele contou como está sendo esta experiência com a literatura. Confira:

Marcus em Cruz Alta (RS), em frente a um dos locais em que parte da história aconteceu.

 

Rafael Augusto Machado – Como está sendo, para você, a repercussão e a sensação de ver tua primeira obra literária publicada?

Marcus Serafim – É uma experiência interessante ter meu próprio livro publicado. É uma sensação de chegar lá e de saber que tem muito a ser feito, ainda. A repercussão, como tu perguntaste, eu observo mais entre meus alunos que leram o livro. Um dia desses, em aula, fiquei quase vinte minutos falando sobre o livro com um aluno que havia pegado o livro na biblioteca do colégio. Um segundo estudante nesta sala disse que é legal poder ler o livro e conversar com o autor. E, nesta escola, já tem uma listinha de espera pois eles tem muito interesse em ler o material.

RAM – De onde veio a inspiração para trabalhar a temática universos paralelos?

MS – A ideia inicial era fazer um livro sobre um encontro de duplos mas não funcionou direito, nem na minha imaginação funcionou e por isso acabei mudando para viagens dimensionais. Eu sempre fui fã de ficção científica. Assim, temas como viagem no tempo e dimensões paralelas não são estranhos para mim. Como escritor de aventuras de RPG, já havia abordado de leve esta ideia. Neste livro, eu acabei indo fundo neste assunto, empregando todos os anos de leitura que tenho, incluindo aí, quadrinhos que volta e meia discorrem sobre este mesmo tema. Posso dizer então que a ideia veio das minhas leituras destes anos todos!

RAM – Por quê um espelho? De onde veio a ideia de trabalhar este objeto como ponte para outros universos em tua história?

MS – Eu estava dividido em utilizar uma explicação mais científica ou uma mais fantasiosa para a viagem entre as dimensões que o livro aborda. A ideia surgiu durante a escrita do próprio livro. Enquanto eu redigia, veio a inspiração de usar uma explicação que envolvesse magia. Eu costumo dizer em casa que minhas personagens têm vida própria; afirmo que crescem sozinhas enquanto escrevo e a ideia de usar um espelho é uma prova disso.

RAM – Como você definiu, em seu processo criativo, o limite entre realidade e ficção no que diz respeito à ambientação e às personagens?

MS – Resolvi escrever sobre algo que eu soubesse, conhecesse, pois ficaria mais fácil e com menos chances de errar. Escolhi um ambiente que existe mesmo, Cruz Alta, minha cidade natal. Escolhi inspirar meus personagens em pessoas com quem convivi na adolescência e início da vida adulta. Eu ainda tenho um mapa mental da minha cidade na cabeça e recorri a ele ao descrever as ruas. Os cenários onde se desenrolam as ações também existem mas com nomes alterados. Ou seja, o cenário é a parte real e o resto é a fantasia gerada pela minha criatividade. Ah, um detalhe, cerca de somente seis personagens foram criados para a história e os restantes, todos existem!

O autor visitando uma escola em Santa Maria (RS) para divulgar o livro.

RAM – Se pudesse viajar a universos paralelos, o que faria? Que tipos de universos visitaria?

MS – Viajaria sem rumo. Quero dizer, mais ou menos sem rumo. Sou um explorador por natureza, por isso escolhi ser um homem da ciência como profissional. Por isso, acabaria visitando o máximo de mundos alternativos possível, analisando as diferenças e vivendo a aventura. Acho que por ser filhote dos anos 80 e por ter sido nutrido também pela mitologia de “De volta para o futuro”, tentaria ser só um explorador, mesmo, sem interferir na história do mundo em questão.

RAM – A temática do livro leva o leitor a uma reflexão sobre o poder das escolhas de cada um. Na sua opinião, o que deve ser levado em consideração por cada pessoa na hora de fazer suas escolhas?

MS – Principalmente o resultado. Existe uma lei da vida, logo uma lei não escrita, que é a lei da colheita. A gente colhe o que planta. Não posso esperar colher figo se planto morango. É clichê, eu sei, mas é clichê porque é verdade. Uma das coisas que mais se vê hoje em dia é isso: as pessoas fazem suas escolhas mas não querem viver as consequências. Vejo isso toda vez que um pai vai até a escola “conversar” sobre as notas do filho, sendo que elas são somente consequências das escolhas  feitas pelo aluno em sala de aula.

PROGRAME-SE

Lançamento de O Espelho das Possibilidades, de Marcus Serafim

35 ª Feira do Livro de Caxias do Sul (RS)

Dia 5 de outubro

15h

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