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“A matemática expressando a vida”, um artigo de Júlio Frederico Voese

A matemática expressando a vida

cada ser tem o seu gráfico pessoal cartesiano. Vive situações felizes e tristes. Temos o poder de ampliar ou diminuir estas parábolas através de um novo eixo… o tridimensional, a fé.
Por Júlio Frederico Voese, escritor e trabalhador espírita

Constantemente vivenciamos situações felizes e, posteriormente, tristes. Muitos filósofos acreditam que a vida é feita de ciclos. O ciclismo substanciado em vivenciarmos o topo e a base de uma roda que gira constantemente, fazendo com que cada momento sirva de bênção ou lição; mas todos eles passam.

Entendo de uma forma diferente: se a vida fosse um ciclo, retornaríamos sempre aos mesmos pontos, onde o avanço psíquico, a maturidade espiritual ficaria compreendida e restrita a reviver fatos – ora benéficos, ora maléficos. Acredito que a vida, na verdade, pode ser entendida como uma linha sinuosa, ora no topo, ora em sua base, abaixo da linha média plana que divide as sensações.

Esta mesma analogia nos faz entender que vivemos em ondas. Elas emergem do ponto neutro, estabelecem uma ascendência, se avolumam em tamanho e intensidade e após se dá o decréscimo, sendo que novamente ultrapassam a linha mediana, porém, em sentido contrário àquele de que haviam surgido.

É mister observar e entender que o tempo não para. Distribuindo estas linhas neste plano cartesiano da conjuntura linear da vida, as equações relativistas esboçadas traçam ondas; não perfeitas, que variam em amplitude e frequência, mas que em momento algum se sobrepõem dentro dos acontecimentos.

Um longo caminho

Fica evidente que o patamar da Terra, ainda de provas e expiações, não permite que possamos vivenciar um gráfico totalmente ascendente no decorrer do eixo horizontal deste plano cartesiano. Esta condição representativa depende do grau de evolução com o qual o planeta e o ser estão sintonizados.

Ainda necessitamos expiar as mazelas contraídas pelo descaso com os desígnios de Deus. A humanidade ainda necessita vivenciar situações deletérias a fim de expurgar a contextualização do mal que imperou por milênios na condição evolutiva dos seres aqui encarnados. Somente então possibilitaremos viver em um gráfico completamente ascendente, na sublimação do ser material em relação ao objetivo espiritual.

Faz-se necessário este entendimento, faz-se necessária a mudança vibracional da humanidade, que hoje está passando pela parábola côncava deste gráfico, chegando ao ponto mais inferior para depois de restituir a virtude espiritual buscar em meio aos ensinamentos de Cristo a maneira de alongar as características da parábola positiva deste gráfico de sentimentos e tempo.

 

Um processo pessoal

Assim como a humanidade, cada ser tem o seu gráfico pessoal cartesiano. Vive situações felizes e tristes, mas sempre no decorrer constante desta linha temporal, jamais configurando em círculos, mas em ondas e vales assimétricos.

Em todo o gráfico, que é a expressão dos dados das equações, as variáveis mudam de acordo com as situações-problemas que vão sendo apresentadas. A única constante é o tempo: linear, sempre com sinal positivo, e do qual cada um tem o seu limite, variando do zero (nascimento) até o número desconhecido (a data do desencarne).

Temos o poder de ampliar ou diminuir estas parábolas através de um novo eixo… o tridimensional, A FÉ. Com a Fé podemos alterar a amplitude e o comprimento de onda dos sentimentos em função do constante tempo (que é inalterada). Quanto mais Fé, maior será a altura perpendicular da parábola e sua amplitude da frequência sobre este eixo do tempo.

Cristo já dizia que se tivéssemos a Fé do tamanho de um grão de mostarda ordenaríamos que uma montanha se movesse de um ponto ao outro. Assim também é com os nossos sentimentos. Mesmo que muitas vezes estejam pelo vale expresso no plano cartesiano, podemos reduzir a sua amplitude e frequência, utilizando-se da criação mental, faculdade inerente a cada ser que aqui se encontra encarnado. Podemos modificar o padrão deste gráfico fazendo com que as situações onde impera a felicidade se façam mais amplas em detrimento das tristezas que se alojam no coração e na mente de cada ser.

Viver a fé inabalável potencializa os momentos felizes que são expostos pela parábola de valores X, Y e Z no quadrante positivo do plano cartesiano individual de cada um. Somos regidos pelo livre-arbítrio; sendo assim, podemos tirar proveito dos ensinamentos das situações tristes e potencializar as situações felizes.

A propósito, como anda o seu gráfico pessoal?

Que a Luz do Divino Mestre Jesus Cristo nos ilumine e abençoe em nossa caminhada!

Que Deus nos abençoe!

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