Artigos, Blog

“Resistência a mudanças”, um artigo de Dulci Alma Hohgraefe

Em tempos de transformações céleres como os que estamos atravessando, resistir às mudanças é uma postura que poderá trazer uma série de circunstâncias desafiadoras ou até sofrimentos dolorosos.

Em primeiro lugar temos que nos conscientizar de que há situações em que temos opções de escolha ou definição, mas outras nas quais não temos nenhuma ingerência nem qualquer tipo de controle ou intervenção.

Outro detalhe é que só podemos mudar a nós mesmos, não temos a condição de mudar ninguém mais, apenas sugerir alternativas ou dar o exemplo, pois todos temos o livre-arbítrio, cada qual decidindo por si.

Respeitar esses dois fatores já diminui de forma considerável a quantidade de situações em que tenhamos que nos posicionar diante de episódios que se apresentam, avaliando se vale a pena resistir ou é melhor acolher as alterações propostas.

Quantas vezes já nos deparamos resistindo à substituição de hábitos e práticas e encontrando o efeito bumerangue, batendo na parede e voltando sem conseguir qualquer êxito ou resultado? Nem nos darmos conta de que fechou um ciclo e a velha sistemática não funciona mais.

Estar aberto às mudanças ameniza os impactos dos embates e auxilia a acomodar os novos conceitos e paradigmas sem causar maiores transtornos ou percalços, aprendendo a fluir com as variações e novos contextos apresentados.

Assim como as células do nosso corpo vão se renovando, também os costumes e ambientes são dinâmicos e aperfeiçoam seus padrões de acordo com os avanços nas mais diversas áreas e contextos, trazendo melhorias e desenvolvimento.

Toda resistência traz desgaste desnecessário, muitas vezes atrasando o progresso e gerando estagnação, uma verdadeira perda de tempo e gasto de energia, que poderia estar sendo potencializada para a implantação do novo modelo ou sistema.

O maior vilão da resistência às mudanças é o apego, não querer abrir mão de nada, mesmo já ultrapassado, mas que ainda traz sensação de segurança e não tira da zona de conforto. Ele pode estar acompanhado do medo e da falta de confiança.

Diante de qualquer situação inovadora, cabe uma avaliação criteriosa e séria para analisar as consequências e impactos que ela irá gerar, os benefícios que poderá trazer e/ou desencadear, bem como as dificuldades a serem enfrentadas.

É esse o convite do universo, ensejando esperança e confiança sem descuidar da nossa parte, pois da mesma forma que não podemos mudar o outro, este também não tem o dom de nos mudar, apenas propor possibilidades, deixando a decisão e escolha para cada um, de acordo com o seu entendimento.

 

                                                                                       Dulci Alma Hohgraefe

                                                                                       Educadora e escritora

Compre os livros de Dulci e receba-os em casa

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *