Artigos, Blog

“O olhar da humanidade através das brumas”, um artigo de Dulci Alma Hohgraefe

Estamos na estação do frio, tempo propício para as brumas, essa nebulosidade causada por gotículas de água suspensas no ar, que diminui a visibilidade, tal qual um nevoeiro, cuja origem vem do latim e significa “inverno”, ou “solstício de inverno”.

Fica complicado imaginar alguém se guiando pela imagem distorcida através da bruma, uma vez que já encontramos embaraços e propensão a nos enganar quando estamos diante de uma imagem clara e perfeita da realidade.

Além disso, a bruma também possui um significado simbólico relacionado à introspecção e à reflexão, podendo representar a busca por clareza e compreensão em meio à confusão, incerteza e obscuridade.

Todo esse preâmbulo encaminha para uma análise de como e em que estamos focando nossos propósitos, muitas vezes deixando-nos guiar pelas aparências e visibilidade distorcida, sem nem nos darmos conta da vulnerabilidade e das consequências nefastas que pode trazer.

A superficialidade gerada pela falta de foco e presença no aqui e agora são em parte responsáveis por essa visão estreita e deformada da realidade, formando ideias e opiniões sem fundamentos sustentáveis diante dos questionamentos mais banais.

Em épocas de mudanças e avanços céleres em todas as áreas do conhecimento e/ou tecnologias, como os que estamos atravessando, não há espaço para divagações e incertezas nem tempo para equívocos, pois fatalmente conduzirão ao atraso ou fracasso.

Infelizmente é o que ora estamos assistindo, essa resistência às transformações, como se nada estivesse acontecendo, permanecendo agarrados aos ultrapassados e obsoletos conceitos e paradigmas, com receio de abandonar a aparente zona de conforto.

Ignorar a realidade é no mínimo uma atitude ingênua, pois ela está posta queiramos ou não, e quanto antes nos dispusermos a encará-la, menores serão as consequências dolorosas, evitando desgaste e postergação.

Entendemos que é consenso que o nosso parco conhecimento ainda está distante de compreender toda a engrenagem e funcionamento do universo em sua complexidade e infinitude, o que nos será permitido segundo a ampliação de consciência a que nos propusermos.

Encarar a realidade de frente, sem buscar subterfúgios ou divagações certamente nos poupará tempo e energia que poderá ser direcionada para novos conhecimentos e aprendizados que irão impulsionar avanços significativos na trajetória evolutiva individual e consequentemente coletiva.

A bruma, tanto como um fenômeno da natureza quanto como uma metáfora para a busca interior, continua a fascinar e encantar pessoas de todas as etnias e lugares, despertando consciências e acalentando almas, em um movimento contínuo e constante, compondo a espiral da vida com singeleza e plenitude.

                                                                                       Dulci Alma Hohgraefe

                                                                                       Educadora e escritora

Compre os livros de Dulci e receba-os em casa

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *